domingo, 17 de outubro de 2010

INTRODUÇÃO

O uso do computador como ferramenta educacional, principalmente com indivíduos com necessidades especiais, vem se tornando uma realidade. Essa área está se desenvolvendo, cada vez mais, graças ao avanço tecnológico e à criatividade dos profissionais que trabalham com educação especial. Entretanto, é necessário entender que o computador não deve ser visto como uma panacéia para resolver os problemas. Cada caso deve ser tratado individualmente. As necessidades dos sujeitos especiais são muito heterogêneas, e as soluções ou resultados de um trabalho não podem ser generalizados indistintamente.
O computador é uma ferramenta com grande potencial, que deve ser profundamente explorado para oferecer o máximo. Assim, certos usos subestimam tal potencial e certas funções poderiam ser executadas com o auxílio de outros materiais ou objetos comuns.
Simplesmente substituir o livro ou ser usado como passatempo é muito pouco para um instrumento que pode enriquecer e revolucionar a vida de um indivíduo que, muitas vezes, observa o mundo passivamente.
Por outro lado, o uso do computador tem permitido o desenvolvimento de uma educação voltada para o aprender para a vida. A escola passa a ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, em que cada aluno – do mais talentoso ao mais comprometido do ponto de vista sensorial ou intelectual – desenvolve suas potencialidades. Assim, deixa de existir discriminação de idade ou de capacidade: todos estão aprendendo juntos, conteúdos acadêmicos e interação social.
O computador como ferramenta de trabalho com a qual o aluno realiza tarefas e resolve problemas, passa a ser importante fonte de diagnóstico da capacidade intelectual de cada aluno. O professor pode identificar o conhecimento usado no desenvolvimento da atividade e, com isso, auxiliar o aluno a depurar ou incrementar tal conhecimento.
Finalmente, a possibilidade de realizar tarefas que explicitam o real potencial de cada sujeito contribui para o desenvolvimento do sentimento de empowerment e, assim, a possibilidade de continuar a aprender para a vida.
Para o aluno surdo, as experiências demonstram a importância do estímulo visual para a comunicação e a informática fornece instrumentos poderosos que facilitam a autocorreção na construção e ou reconstrução de textos, permitindo ainda o desenvolvimento da autonomia do aluno em situação altamente promovedora de sua criatividade. (PINTO, 1998).O computador está sendo foco de muito estudo na área educacional, como uma ferramenta didático-pedagógica para auxílio no ensino e na aprendizagem escolar. Existem muitos cursos e pesquisas nessa área atualmente, mas esta ferramenta necessita de um bom planejamento para que o objetivo, que é o desenvolvimento cognitivo do aluno, seja atingido. Por isso desenvolver um projeto para avaliação de um protocolo de avaliação de compreensão de leitura utilizando o computador como mediador desse processo, tornando-se uma resposta interessante ao processo de alfabetização da Língua Portuguesa por alunos surdos.
De acordo com RODRIGUES e ANTUNES (2003a), é justamente na escolarização dos surdos que se apresentam alguns obstáculos, e um destes obstáculos as autoras consideram que seja o processo de alfabetização de crianças surdas. Elas ainda afirmam que com o reconhecimento da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é um dos caminhos necessários para um efetivo trabalho pedagógico de alfabetização dos alunos surdos, por resultar em um aprendizado mais significativo para estes alunos, uma vez que está respeitando sua linguagem própria que é a Língua de Sinais-LS. Ainda segundo as autoras RODRIGUES e ANTUNES (2003b):
“Investigar o processo de alfabetização de crianças surdas torna-se relevante na medida em que esta etapa de escolarização incorpora neste indivíduo uma série de novas relações e habilidades, como é o caso da aquisição da palavra escrita e da leitura que é oportunizada por meio do contato deste indivíduo com o mundo das letras. Além disso, esta etapa da aprendizagem é um momento de inicialização de caminhos a serem percorridos pela criança e que refletirão em sua vida pessoal, social, psicológica e educacional”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário